quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Tenho febre

Desde muito pequena fico com febre com muita facilidade. Ora pequenas maleitas, ora do cansaço, ora do estado de espírito do momento. Estar com febre era quase o meu estado normal. O médico que me acompanhou até à adolescência ficava espantado com tamanha resistência... com 38 e muitos e mesmo 39 andava ainda a saltitar na sala de espera do consultório.
Hoje, ao fim do dia, comecei a sentir aquela sede, a cara quente e as doces dores no corpo. Primeiro pensamento: "não tenho qualquer sintoma de gripe, nem me recordo de ter estado perto de alguém com sintomas nas últimas semanas" (nada de histeria, mas trabalho num open space cheio de gente onde o único ar que se respira é condicionado e cujas condutas não são limpas há muito, muito tempo - antes de mais, é uma questão de saúde pública). Depois comecei a racionalizar: ando a dormir pouco, é verdade, mas antes de ter férias andava a dormir muito menos e não me deu para isto. Última hipótese: o trabalho anda a correr bem, sem grandes stresses, mas o resto dos pequenos retalhos que fazem parte da manta da minha vida têm dado que fazer à minha paz interior. O resultado está à vista: 39,2 e a única coisa que sinto depois de um duche quase frio para arrefecer o corpo e a alma é um peso doido em todo o corpo. Parece que fui passada a ferro por um carro de combate e que, para rematar, um elefante que ía a passar na savana resolveu fazer da minha barriga o seu sofá!
O que me vai valendo é a boa disposição que vou mantendo (ando espantada comigo mesma). Há algum tempo atrás, se andasse com a cabeça mil como agora, já estaria internada num qualquer manicómio das redondezas. Como diz um colega meu, devo ter atingido o meu "ponto zen" e não sei.
Por agora, enquanto espero que o que tomei para febre faça efeito, vou-me distraindo por aqui... ou melhor, vou pegar o meu livro favorito que tem andado na mesa de cabeceira e vou começar a lê-lo novamente. Sempre é mais educativo.

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