quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O dia de Natal!



O Espírito de Natal! Se o dito é estar envolvida na confusão do consumismo, então, estou fora!
Sempre fui habituada a vivê-lo sempre que possa, todos os dias. O Natal não é apenas jantar com família, ir à Missa do Galo e acabar a noite envolta em papeís de prendas e no meio da mesa farta. A árvore bem decorada poucos dias antes, o presépio feito na véspera. Os símbolos...
A família unida todo o ano, as pequenas boas acções que fazemos, o sorriso de alguém a quem demos o lugar num qualquer público, alguém a quem damos a mão, o calor de um sorriso. Basta um Sorriso para ser Natal!

Não tive um Natal fácil, mas outros virão em que irei sorrir todo o dia. Acredito, tal como milhões de pessoas (e sei que não estou a ser original) que se todos os dias tivéssemos um pouco de boa vontade, todos poderiam sorrir nem que fosse por um instante.

Sinto-me de coração cheio sempre que vejo um sorriso em alguém que não conheço.

O que me falta neste Natal? Ver o sorriso de alguém sendo do meu sangue, me esqueceu sem eu saber porquê. Um dia hei-de saber porquê e aí verei a Luz deste e de outros natais passados. Sei que um dia vou deixar de sentir este vazio e que talvez venha a entender... Meu Pai... Se um dia fores capaz de me dizer porquê...

Mas não foi por isso que quis falar sobre o Natal...
O que ainda gosto dos dias de Natal:
- o Bacalhau cozido com os legumes no vapor na ceia;
- o serão calmo com a minha pequena família;
- ver desenhos animados com histórias típicas da época enquanto tomo o pequeno almoço no dia 25;
- a Caldeirada da Minha Avó à hora do almoço;
- a tarde de sofá à volta da mesa com boa conversa e muito petisco e bolinhos.

Feliz Natal e Sejam Felizes!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Química Instântanea

É tudo pior que gelatina ou que as sopas de pacote! Agora até já há caipirinha instantânea.
Tudo isto para dizer que as reacções químicas não são tudo na vida e nem tudo o que é instantâneo é tão bom como na receita original. Há sempre um pequeno tempero a faltar.
Até posso estar enganada, e neste instante até espero que sim, mas vai ter que haver uma reviravolta e vou ter que encontrar o ponto de equílibrio entre a reacção química e o que pode ou não permanecer ou acrescentar da receita original.
(chamem-me doida, mas depois de reler isto, fiquei com a sensação de que só eu iria entender!)

Jantar de Natal

Na passada quinta-feira foi dia de jantar de Natal. Em todos estes anos em que me foi possível estar presente, posso dizer, sem sombra de dúvida que foi o melhor. A verdade é que tudo foi fantástico, a começar pela escolha do local: Pátio Alfacinha, para os lados da Ajuda (o grande chefe tem olho!). Depois de umas belas entradas e um repasto a condizer, ainda tivemos energia para dançar por umas horas mesmo sabendo que umas horas a seguir estaríamos de volta ao trabalho (ai que belas 3 horas e tal de sono). Animação, brindes e confraternização foi coisa que não faltou.
Agradecimentos especiais à Ema e ao Nuno P por me terem aturado com a história da Coca-Cola e ao Rodrigo por ter sido o "santo" do costume a trazer-me a casa.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Regresso ao Trabalho!

Depois de quase duas semanas de férias para puro descanso, hoje voltei ao trabalho.
Além da habitual boa disposição matinal e depois de ter passado um monte de peripécias, que não lembram a ninguém, para chegar ao trabalho, lá fui eu cheia de energia! Parece que há muito não me viam assim, a avaliar pelos comentários. Mesmo os novos assistentes, que ainda não me conheciam, devem ter pensado que devo ter algum tipo de pilhas do coelhito cor de rosa.
Que a energia e vontade de crescer se mantenha! :)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Não sei falar de amor Deolinda - parte II



Imagem retirada de www.leoni.art.br/diario/md/ldoors_1193726459.jpg



Ó vizinho, ora bom dia
como vai a saudinha?
eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e este tempo?
a chuva dá pouco alento...
e eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e o carteiro?
que se engana no correio...
e eu não sei falar de amor...

e soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...

a timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...

e retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar

e o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar

Ó vizinho e a novela?
será que ele ficou com ela?
e eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e o respeito?
não se leva nada a peito...
e eu não sei falar de amor...
refrão

Ó vizinho então Adeus
vou cuidar de sonhos meus
que eu não sei falar de amor...




Para mim, são estes os versos chave...

"e eu não sei falar de amor...

e soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...

a timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...

e retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar

e o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar
"

O Amor. Sempre o Amor. Será que temos que inventar uma fórmula mágica de fazer as coisas acontecerem mesmo sem nada dizer ou "retrai-se o atrevimento"? E onde anda ele, o dito Amor. "Soubesse eu artifícios de falar sem o dizer não ia ser tão difícil revelar-te o meu querer..."
Eu também não sei falar de Amor. Nunca aprendi, não sei se alguém já o disse de uma forma universal que fizesse sentido a todos os seres do mundo... o Amor... Sei que existe. Já o vi. Nos casais que depois de anos e anos se apoiam, dão as mãos e continuam com o olhar cúmplice de quem não precisa falar para dizer alguma coisa. Isso é Amor. Dizê-lo sem falar...






Imagem do filme Elsa & Fred – Um Amor de Paixão retirada de: www.tribunaindaia.com.br/.../a7%20CineClube1.jpg


Música mais introspectiva e real, não é Pedro?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Lisboa não é a cidade perfeita Deolinda - parte I





‘Inda bem que o tempo passou
e o amor que acabou não saiu.
‘Inda bem que há um fado qualquer
que diz tudo o que a vida não diz.
Ainda bem que Lisboa não é
a cidade perfeita p'ra nós.
Ainda bem que há um beco qualquer
que dá eco a quem nunca tem voz.
‘Inda agora vi a louca sozinha a cantar,
do alto daquela janela.
Há noites em que a saudade me deixa a pensar:
Um dia juntar-me a ela.
Um dia cantar…
como ela.

‘Inda bem que eu nunca fui capaz
de encontrar a viela a seguir.
‘Inda bem que o Tejo é lilás
e os peixes não param de rir.
Ainda bem que o teu corpo não quer
embarcar na tormenta do meu.
Ainda bem se o destino quiser
esta trágica historia, sou eu.
‘Inda agora vi a louca sozinha a cantar,
do alto daquela janela.
Há noites em que a saudade me deixa a pensar:
Um dia juntar-me a ela.
Um dia cantar…
como ela.



A música portuguesa cada vez melhor. Deolinda, um grupo que me surpreendeu do inicio ao fim do cd. São óptimos! A vocalista (Ana Bacalhau - corrijam-me se estiver errada) embala com uma facilidade extraordinário, mesmo quando dá o toque final mais forte. Parabéns Deolinda!

Perigo de Explosão

É melhor
fechares
os olhos,meu
amor,
antes que o
mundo
inteiro seja um
incêndio.

Os ventos todos
fechados dentro
da minha mão.
quantos ciclones
queres ?

Procurava
nos outros a
ternura,mas
só encontrava
poços cheios
de ódio e
nitroglicerina

Aquele
poema,
ao contrário
dos outros,
tinha pólvora.
só lhe faltava
o rastilho.

Éramos
rebeldes por
sistema,a sonhar uma
revoluçao por dia.à
tardinha,na esplanada,
bebiamos um
cocktail molotov.

O terrorista
apaixonado
carregava,às
escondidas,
uma bomba-
relógio.era
no peito.era o
coração



Para absorver...

Para quem não conhecer, é do grupo A Naifa

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Contagem Decrescente!

Parece que já me posso dar ao luxo de dizer que dentro de pouco mais de 16h30m estarei de férias! Viva o fantástico 'dolce fare niente'!
Peço desculpa a quem ainda faltam alguns dias ou que só vão ter férias em 2009! ;)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Altos e baixos

Se o que sentia ontem era sobretudo confusão, hoje senti energia.
Acabei por sair mais tarde do trabalho por termos tido uma reunião que considerei importante, apesar de descomplicada, e se fosse preciso continuaria por outras tantas horas a trabalhar, mesmo que sob stress. É verdade que o sono começa a "apertar", mas a energia continua em alta.
Não pensar em impossíveis tem-me feito bem. Manter a cabeça sem grandes complicações faz bem!
Só continuo a não entender estes picos de energia e humor que mudam de dia para dia sem aparente motivo...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Desafio meu?

Nos últimos tempos tenho andado um pouco menos positiva pelo tudo/nada que me acontece.
Ser reconhecida pelo bom trabalho que se desempenha é sempre agradável; saber que temos poucos, mas excelente amigos é do melhor; ter um pequeno núcleo familiar que nos apoia incondicionalmente e está sempre do nosso lado para o que der e vier é uma enorme segurança!
Ultimamente o que me tem faltado é o que está dentro das ausências que vou sentindo das pessoas importantes em quem penso todos os dias se estarão bem (é verdade que até um telefonema podia resolver isto, mas há coisas que me fazem bloquear no momento e que dariam para fazer uma tese qualquer), mas que teimam em ignorar-me à sua maneira. Talvez eu não signifique nada... Ainda não tinha pensado nisso.
Hoje até comecei o dia alegre, bem disposta como sempre, mas houve qualquer coisa que mudou sem que eu me apercebesse. De repente aquele nó na garganta que se entrelaça cheio de amarras no peito e que me vai sufocando no vazio, a luta com aquela lágrima que me faz lutar e dizer que está tudo bem mesmo quando o brilho nos olhos me fez mentir.
Mal ou bem, resisti até entrar em casa. Aí, larguei tudo no chão e chorei como há muito não fazia. Há já algum tempo que pensava que as lágrimas tinham acabado em mim. Afinal estava enganada! Chorei até quase sufocar sem saber porquê. Apenas porque sim! No final senti um certo alívio nem sei porquê. Será que as lágrimas levaram o que me atormentava?
Onde anda a atitude positiva que sempre tive para (quase) tudo?
Algumas pessoas que me conhecem apenas do trabalho vão-me dizendo que estou pálida, com um ar cansado, que quando estou distraída pareço triste. Sorte minha ou não, é o sorriso fácil que me sai a qualquer instante. Sempre vai disfarçando o peso da tristeza inesperada em cada instante.
Às tantas sinto-me uma idiota e penso que transformei este espaço num muro das lamentações só meu.
Hoje não vou reler o que escrevi, tal como fazia nos diários que tinha em adolescente e que fui deitando fora. Apenas quero largar este peso que me faz doer a alma sem motivo. Isto mais parece um "muro das lamentações" privado, coisa que não queria que acontecesse aqui.
Definitivamente preciso de dar mais uma volta de muitos graus na minha vida! Sinto essa necessidade cada vez com maior urgência em que aconteça.
Hoje, em conversa com alguém que não sendo minha amiga, mas me conhecendo há uns bons anos, disse-lhe qualquer coisa como "se acreditarmos bastante no que queremos, as coisas acabam por acontecer." Mal sabia eu que ainda hoje estas deveriam ser as palavras certas para mim. Coincidência ou não, as coisas vão acontecendo. Ok! Eu volto a pensar em tudo bom e esqueço tudo o que me vai entristecendo. Vou voltar a puxar as boas energias e ver o que vai dar...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

"O que há em mim é sobretudo cansaço"

Um destes dias reli parte de um poema de Álvaro de Campos no blog d'O Rapaz que não Chora que era realmente o que sentia naquele instante. Tão simplesmente sobre cansaço.

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...


Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O que quero sentir

Mesmo a cair de sono a esta hora, apeteceu-me vir escrever aqui. Não se vai ter título, se vai ter nexo. Afinal, nem tudo tem que ter nexo.

Descobri que preciso de um porto de abrigo e que neste momento os amigos não chegam. Preciso de um ombro onde adormecer, de um olhar que entenda o que sinto ou o que quero. Quero não ter que falar e esse alguém que entenda o que diz o meu silêncio. Nesta altura, já me parece (cada vez mais) óbvio que preciso apaixonar-me e ser correspondida de igual forma. Tenho saudades de me sentir assim... a voar constantemente pelas nuvens de todas as cores. Quero ver luz nas coisas simples, o Sol a nascer, o brilho das gotas de orvalho que começa a cair pela manhã. Quero apanhar chuva na cara, quando todos se abrigam dela gelada, até tremer de felicidade e cair nos braços de alguém que me queira bem.
Por agora vou sonhar com isso...

domingo, 26 de outubro de 2008

O que fazer às estúpidas insónias?

Gostava de perceber porque é que acordei a esta hora. Bem sei que hoje é aquele trágico e deprimente (sim, deprimente porque quase deixo de ver a luz do dia durante a semana) dia em que mudamos para o horário de Inverno. Será que deveria estar a comemorar e não sei?
Parece-me que o melhor mesmo é me levantar e ir para o sofá fazer um bocado de zapping até cair para o lado novamente. Nem a volta à cozinha para beber mais uma caneca de chá deu resultado.

Aceitam-se sugestões infalíveis para curar insónias. :) Se alguém puder dar alguma, agradeço do fundo do coração.

Comemorações - parte II

Um dia excelente com uma equipa excelente!
Os meninos todos formais e as meninas executivas sem qualquer defeito a apontar. Recebemos imensos elogios... e assim foi reconhecido o nosso esforço e dedicação por todos estes anos. Só mesmo com uma equipa excelente poderia ter corrido assim!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Comemorações

Amanhã é dia de comemorações no meu trabalho. Coisa em (muito) grande porque pela primeira vez em dez anos, vou ver os deuses a descerem à terra. E nós, magníficos como somos, vamos recebê-los à altura.

Diferença em mim: vou deixar os ténis, as velhas calças de ganga largas e as confortáveis t-shirts básicas e pegar na saia (quase) travada, na camisa favorita, no salto alto e maquilhagem e vou eu de executiva com um toque de fatalidade (no bom sentido)!

domingo, 19 de outubro de 2008

Só para animar! :)





Digam o que disserem, foi o filme do fim do Verão!!! Mamma Mia! Por muito simples que seja ou descontraído, ganha em tudo! Adorei! E as sessões continuam a esgotar... porque será?? :)
A banda sonora já comprei, já só falta sair o DVD para ver até gastar.

sábado, 18 de outubro de 2008

The Story




Palavras para quê? A letra fala por si...
Uma música que alguns conhecem do comercial da cerveja SuperB, que outros se lembram da série Greys Anatomy, para outros ainda aquela música que passou todo o Verão em todo o lado. Para mim, vai sobreviver ao Inverno (a música, porque de resto é o que se sabe)... O amor como ele é?

Brandi Carlile -The Story

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
Yeah you do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...
I was made for you


Imagem da série Grey's Anatomy

sábado, 11 de outubro de 2008

Ausência

Mesmo sem saber se um dia vais fazer parte da minha vida, hoje senti a tua ausência. Não tens nome, não sei quem és nem como é o teu rosto. O vazio que esteve no meu pensamento por instantes deixou-me leve... leve como uma pena que voa sem destino, sem corpo para aquecer.
Hei-de sentir-te. E a ausência e o vazio serão preenchidos.
Espero que não tenhas passado por mim sem que te desse atenção. E tu? Vais saber reconhecer-me?

Ausência de Carlos Drummond de Andrade

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

The Limit To Your Love

Dei agora conta que talvez fosse amor... um amor simples, suave, daqueles que não atormenta. Daqueles que se vai sentindo, que nos vai invadindo mesmo quando acreditamos que não vai passar de um certo limite que impusemos a nós próprios em determinado momento.
Que limite? No amor, os limites são ilusões, expectativas. As expectativas que nos iluminam o rosto, o olhar e iludem por alguns instantes.
Estes amores que nos vão surgindo e nos deixam o coração cheio de carinho
para dar ao Mundo. É assim que me sinto hoje. Obrigada!



"The Limit To Your Love"

Clouds part
Just to give us a little sun

There's a limit to your love
Like a waterfall in slow motion
Like a map with no ocean
There's a limit to your love

There's a limit to you care
So carelessly there
Is it truth or dare
There's a limit to your care

I love I love I love
This dream of going upstream
I love I love I love
The trouble that you give me
I know I know I know
That only I can save me
I'll go I'll go I'll go
Right down the road

There's a limit to your love
Like a waterfall in slow motion
Like a map with no ocean
There's a limit to your love
Your love your love your love

I can't read your smile
It should be written on your face
I'm piecing it together
There's something out of place
Oh

I love I love I love
This dream of going upstream
I love I love I love
All the trouble that you give me
I know I know I know
That only I can save me
I'll go I'll go I'll go
Out on the road

Because there is no limit
There's no limit
No limit no limit no limit
Limit to my love

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Mais uma música... Glory Box

Tempo para arrumar os cd's cheios de pó e é isto que acontece! Encontrei Portishead e a fantástica Glory Box. Relembra-me que sobrevivi...

I'm so tired of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play

For I've been a tempteress too long

Yes
Give me a reason to love you
Give me a reason to be... a woman
I just wanna be a woman

From this time unchained
We're all looking at a different picture
Through this new frame of mind
A thousand flowers could bloom
Move over and give us some room, yeah

Give me a reason to love you
Give me a reason to be... a woman
I just wanna be a woman

So don't you stop being a man
Just take a little look from outside when you can
Sow a little tenderness
No matter if you cry

Give me a reason to love you
Give me a reason to be... a woman
I just wanna be a woman
It's all I wanna be, it's all, a woman

For this is the beginning of forever and ever

It's time to move over
So I wanna be

I'm so tired of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play

For I've been a tempteress too long...


Nuvem

Quando for grande, quero ter um blog assim...

http://a-minha-nuvem.blogspot.com/

Parabéns Nuvem. Li textos lindos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Setembro

Setembro! Aquele mês em que nunca tirei férias (também não penso que Agosto seja o mês perfeito), mas que sempre pensei que seria uma boa ideia se tal acontecesse. Este ano vai ser diferente. Quando todos estão de regresso, vou eu mergulhar ideias numa bela saída de cena. Uma semana para retemperar ideias até Dezembro.
Entretanto aproveito e celebro mais um aniversário meu e conto quantos cabelos brancos tenho... Bem, por este andar penso se não seria melhor não pensar em férias! Estou a brincar! Não me aflige já ter entrado nos trinta. E as férias estão mesmo a chamar por mim... Já só falta uma semana!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Palavra!

Afinal onde está a tua promessa cumprida? Bem me parecia que, mais uma vez, era fogo de vista! Tanta conversa. Quase me convenceste. Ficaste-te pelo quase... :)

Sweet About Me

Uma música para atirar os homens ao ar. Literalmente... (Esta é uma versão ao vivo, mas vale a pena ver o video oficial.) :)

A certa altura esta menina australiana, de seu nome Gabriella Cilmi, diz qualquer coisa como “Nothing sweet about me”. Porque será?

Ooh, watching me
Hanging by
A string this time
Don't, easily
The climax
Of the perfect lie
...
Smile worth
A hundred lies
If there lessons to e learned
I'd rather get
My jamming words
In first, so
Tell you something
That I've found
That the world's
A better place
When it's upside down, boy
...
When you're playing with desire
Don't come running
To my place
When it burns like fire, boy

Sweet about me
Nothing sweet about me, yeah


Blue, blue, blue
Waves, they crash
As time goes by
So hard to catch
Too, too smooth
Ain´t all that
Why don't you ride
On my side
Of the tracks

...




Porque nem todos são iguais, ainda vou acreditando...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Um final sem fim anunciado

O fim está próximo, só não sei para quando nem como. As lágrimas que correm por dentro, porque não as sinto escorrer pela face, são das últimas que vou sentir. Não sinto dor, apenas a alma se torna conflituosa e briga comigo sempre. "Porquê?" é a pergunta que me faz constantemente. Por tudo, por nada.
Rio-me das minhas desventuras e cresço com elas. Para quê? O ar que respiro sufoca-me. Torna-me fria. Não quero amargar. Sinto o ácido do meu humor e perco-me. Continuar assim?
As amarras que se soltam sem nunca terem estado presas. O sorriso que dou, mas que tarda em voltar.
Finalmente a lágrima que se solta com a dor que sinto no peito e teima em ficar...
Que fim?

The winner takes it all...

domingo, 17 de agosto de 2008

Alimentação e afins

Ando há uns dias decidida a fazer uma alimentação saudável. A carne chateia-me cada vez mais (até já digo, por brincadeira, que me torna agressiva) e não fico nada mal se só comer um belo prato de legumes ou uma ou duas peças de fruta. O meu maior erro é mesmo esquecer-me de comer, em especial quando estou a trabalhar.
Na última ida ao supermercado inspirei-me e só trouxe legumes! Resultado: pus mãos à obra e lá fiz a minha sopa fantástica que pode ser comida a qualquer hora e fria é um verdadeiro petisco. Lá para o final da semana já devo estar verde. Para colorir um pouco mais a ementa peguei numas quantas maçãs, pêssegos e ataquei o melão que a minha mãe tinha na casa dela. Só me falta o abacaxi e as laranjas...
Uma coisa é certa, desintoxicada fico com toda a certeza!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

8:08 08-08-08

Eu e o raio das coincidências!
Não havia outra altura para ter olhado para o telefone que tenho sempre à minha frente!?!?! A das 11:11 é diária e até estranho se algum dia da semana me passa ao lado, mas tantos 8's?
Sim, sexta-feira foi um dia um tanto ao quanto cansativo, mas depois de ter comentado o incidente, quase me obrigaram a ir jogar ao €Milhões e eu fui. Até uma marca na mão eu pus para não me esquecer. E lá fui investir €4, porque era suposto que o pagamento da sugestão de tratar do boletim, seria um jantar nas Caraíbas. :) Com muita pena minha, não acertei em nada! Só mesmo no bolso em que tinha as moedas disponíveis para os ditos €4. Se calhar, em vez de €4 deviam ter sido €8.

Resultados de fim-de-semana



"10-08-2008 FUTEBOL
F.C. Porto-Lázio, 2-1
Experimentalmente delicioso
Amigável, mas não propriamente doce e cortês, experimental, mas não estéril ou ineficaz. Mesmo numa versão de ensaio, o jogo portista revela-se particularmente produtivo, seguindo a sequência natural das ameaças formuladas desde cedo, quase em tempo recorde, no despoletar das primeiras triangulações e no culto das transições rápidas, particular em que Lucho e Raul Meireles continuam a revelar-se os melhores intérpretes.
"

Esta é a notícia que surge hoje no site mais azul do Mundo e arredores... Eu, que até ando desligada de eventos futebolísticos, fiquei com vontade de consultar tudo o que fosse azul, depois de uma MMS intitulada BENFICAAA, recebida no Sábado à noite! Tenham dó de mim! Não é por nada, mas até prova em contrário, seremos TriCampeões! :)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Insónia


Pois é... Acabei por acordar há quase 1h, depois de ter estado a dormir desde as 21h.
Acordar à meia-noite... A meia-noite não é aquela hora em que a princesa perde o sapatinho por estar a fugir do baile antes que quebre o encantamento?
Só mesmo as insónias para me fazerem pensar em histórias de encantar. :) Parece contraditório, mas como tento pensar em coisas positivas e irreais acabo por, quase invariavelmente, pensar nestas histórias. Começaram por ser de infância, mas neste momento vejo que foram elas que me permitiram passar muitas matinés no cinema local com a Mamã, aos Domingos de manhã. :) O meu velho cinema que já não existe...

Acordo de noite subitamente,
E o meu relógio ocupa a noite toda.
Não sinto a Natureza lá fora.
O meu quarto é uma cousa escura com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse.
Só o relógio prossegue o seu ruído.
E esta pequena cousa de engrenagens que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu...
Quase que me perco a pensar o que isto significa,
Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única cousa que o meu relógio simboliza ou significa
Enchendo com a sua pequenez a noite enorme
É a curiosa sensação de encher a noite enorme
Com a sua pequenez...


Acordo de Noite de Alberto Caeiro

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Praia

Para muita gente pode parecer impossível, mas fui hoje à praia pela primeira vez este ano. Já tinha ido outras vezes, mas não para "ir a banhos".
Soube-me bem receber a energia do Sol. O vento deixou que a temperatura ficasse bem ao meu gosto. Nada muito quente e com a água a condizer.
Só me ficou a faltar uma coisa... parece-me que vou ter que ser muito persistente e resistente para entender o que não me tem acontecido. Isso mesmo: o que não me tem acontecido! Alguém é capaz de me dizer porque é tão difícil para os homens entenderem que também há mulheres descomplicadas? Será que os assusta, ou simplesmente preferem que alguma mulher lhes moa o juízo constantemente?

domingo, 3 de agosto de 2008

Eu Sei

Não me acontece com frequência emocionar-me ou chegar a chorar com cenas de filmes, mas há músicas, sons, que têm esse dom sobre mim. Há uns bons meses ouvi esta música que quase sinto como sendo de embalar, mas a verdade é que me aconchega. Uma melodia tão doce, uma voz tão pura que arrepia pela simplicidade. Já sei... coisas de mulher. Mas é mesmo preciso ouvir para se entender o que digo.



Se eu voar, sem saber aonde vou...
Se eu andar, sem conhecer quem sou...
se eu falar, e a voz soar com o amanhã
Eu sei...

Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim,
E se um dia eu disser que já não quero estar aqui,
Só Deus sabe o que virá,
Só Deus sabe o que será,
Não há outro que conhece tudo o que acontece em mim!

Se a tristeza é mais profunda que a dor..
Se este dia já não tem sabor...
E no pensar que tudo isto já pensei...
Eu sei...

Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim,
E se um dia eu disser que já não quero estar aqui,
Só Deus sabe o que virá,
Só Deus sabe o que será,
Não há outro que conhece tudo o que acontece em mim!
...
na incerteza de saber o que fazer, o que querer,
Mesmo sem nunca pensar, que um dia vais pensar...
Nao ha outro que conhece tudo o que acontece em mim...!

sábado, 2 de agosto de 2008

All I Need


Era mesmo o que me faltava. E digo isso sem qualquer ironia... Acabar o dia com uma música bem soft daquelas que só os amigos nos fazem descobrir (obrigada, Mónica!). Fantástica esta All I Need dos Air com Beth Hirsh (para quem quiser, no album Moon Safari).



All I need is a little time
To get behind this sun and cast my weight
All I need is peace of mind
Then I can celebrate

All in all there's something to give
All in all there's something to do
All in all there's something to live
With you...

All i need's a little sign
To get behind this sun and cast this weight of mine
All i need's the place to find
And there i'll celebrate

All in all there's something to give
All in all there's something to do
All in all there's something to live
With you...

Quês e porquês


Parece que tirei a tarde para as memórias e os instantes de pequenos quês que foram ficando por explicar. Aquelas pequenas historietas de tudos e nadas que foram ficando resolvidas em mim e guardadas, mas que por todos os lados parecem ter ficado sem um fim.
Sinto que tudo o que possa começar está ainda preso a algo que ficou por arrumar. Será que há alguém livre de histórias mal resolvidas, mal arrumadas ou que pelo menos assuma que talvez hajam marcas que ainda pesam? Onde anda a tão aclamada clareza e frontalidade? Onde anda a lealdade? Onde andas tu?

No cenário da tua vida
Aclamas noites alucinantes
De gentes estonteantes
Que são tanto como tu

No teatro do teu olhar
Há quem note que a coragem
Não passa de uma miragem
Com preguiça de gritar

No repetir do teu mostrar
Inventaste uma história
Que em ti não há memória
Porque sabes que não é tua...

Houve alguém que te conheceu
Que te faz tremer ao passar
Porque nunca a deixaste de amar...

Continuas a ensaiar
A conveniência do sorriso
O planear do improviso
Que te faz sentir maior

No artifício dos teus gestos
Pensas abraçar o mundo
Quando nem por um segundo
Te abraças a ti mesmo

E assim vais vivendo
E assim andando aí
E assim perdendo em ti
Tudo aquilo que nunca foste...

Por alguém que te conheceu
Que te faz tremer ao passar
Porque nunca a deixaste de amar

Quando um dia acordares
Numa noite sem mentira
E te vires onde não estás
Vais querer voltar para trás.

Houve alguém que te conheceu
Que te faz tremer ao passar
Porque nunca a deixaste de amar


Adormecido dos Toranja no cd Esquissos

Sábado?


Acordei depois de muitas (e quando digo muitas, é mesmo porque excederam alguns dos meus máximos!!!) horas e finalmente é Sábado. Tantas expectativas sobre o que seria um dia destes depois de meses e... e nada! É um dia para deixar de lado as más energias da terrível semana que passou e agarrar tudo aquilo que me espera de bom! Sim, porque acredito que nestas horas que me restam de fim de semana ainda me vão acontecer coisas boas. Que coisas boas? Ver o "Gato Preto Gato Branco" com um balde de pipocas à minha frente e engasgar-me de tanto rir, por exemplo!

"As mulheres têm fios desligados"


Curiosa a forma como alguns iluminados homens vêm a utilidade das mulheres... Especial é a coragem deste grande Homem de Portugal que relata os seus próprios receios de como outras criaturas de espécie masculina poderão algum dia tratar as suas filhas. Afinal nem todos os homens são iguais. :)

Crónica de António Lobo Antunes na Visão nº 804 (de 31 de Julho)

As mulheres têm fios desligados

“Há uns tempos a Joana
- Pai acabei um namoro à homem
Perguntei como era acabar um namoro à homem e vai a miúda
- Disse-lhe o problema não está em ti, está em mim
o que me fez pensar como as mulheres são corajosas e os homens cobardes. Em primeiro lugar só terminam uma relação quando têm outra. Em segundo lugar são incapazes de
- Já não gosto de ti
de
- Não quero mais
chegam com discursos vagos, circulares
- Preciso de tempo para pensar
- Não é que não te amo, amo-te, mas tenho de ficar sozinho umas semanas
ou declarações no género de
- Tu mereces melhor do que eu
- Estive a reflectir e acho que não te faço feliz
- Necessito de um mês de solidão para sentir a tua falta
e aos amigos
- Dá-me os parabéns que lá me consegui livrar da chata
- Custou mas foi
- Amandei-lhe aquelas lérias do costume e a gaja engoliu
- Chora um dia ou dois e passa-lhe
e pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres. Em geral querem uma empregada que lhes resolva o quotidiano e com quem durmam, uma companhia porque têm pavor da solidão, alguém que os ampare nas diarreias, nos colarinhos das camisas e nas gripes, tome conta dos filhos e não os aborreça. Não se apaixonam: entusiasmam-se e nem chegam a conhecer com quem estão. Ignoram o que ela sonha, instalam-se no sofá do dia a dia, incapazes de introduzir o inesperado na rotina, só são ternos quando querem fazer amor e acabado o amor arranjam um pretexto para se levantar
(chichi, sede, fome, a janela de que se esqueceram de baixar o estore)
ou fingem que dormem porque não há paciência para abraços e festinhas, pá, e a respiração dela faz-me comichão nas costas, a mania de ficarem agarrados à gente, no ronhónhó, a mania das ternuras, dos beijos, quem é que atura aquilo? Lembro-me de um sujeito que explicava
- O maior prazer que me dá ter relações com a minha mulher é pensar que durante uma semana estou safo
e depois pegam-nos na mão no cinema, encostam-se, colam-se, contam histórias sem interesse nenhum que nunca mais terminam, querem variar de restaurante, querem namoro, diminutivos, palermices e nós ali a aturá-las. O Dinis Machado contava-me de um conhecedor que lhe aclarava as ideias
- As mulheres têm fios desligados
e um outro elucidou-me que eram como os telefones: avariam-se sem que se entenda a razão, emudecem, não funcionam e o remédio é bater com o aparelho na mesa para que comecem a trabalhar outra vez. Meu Deus, que pena me dão as mulheres. Se informam
- Já não gosto de ti
se informam
- Não quero mais
aí estão eles a alterarem a agressividade com a súplica, ora violentos ora infantis, a fazerem esperas, a chorarem nos SMS a levantarem a mãozinha e, no instante seguinte, a ameaçarem matar-se, a perseguirem, a insistirem, a fazerem figuras tristes, a escreverem cartas lamentosas e ameaçadoras, a entrarem pelo emprego dentro, a pegarem no braço, a sacudirem, a mandarem flores eles que nunca mandavam flores, a colocarem-se de plantão à porta dado que aquela puta há-de ter outro e vai pagá-las, dispostos a partes-gagas, cenas ridículas, gritos. A miséria da maior parte dos casais, elas a sonharem com o Zorro, Che Guevara ou eu, e eles a sonharem com o decote da vizinha de baixo, de maneira que ao irem para a cama são quatro: os dois que lá se deitam e os outros dois com quem sonham. Sinceramente as minhas filhas preocupam-me: receio que lhes caia na sorte um caramelo que passe à frente delas nas portas, não lhes abra o carro, desapareça logo a seguir por chichi-sede-fome-persiana-mal-descida-e-os-ladrões-percebes, não se levante quando entram, comece a comer primeiro e um belo dia
(para citar noventa por cento dos escritores portugueses)
- O problema não está em ti, está em mim
a mexerem na faca à mesa ou atormentarem a argola do guardanapo, cobardes como sempre. Não tenho nada contra os homens: até gosto de alguns. Dos meus amigos. De Schubert. De Ovídio. De Horácio de Virgílio. De Velásquez. De Rui Costa. De Einzenberger. Razoável a minha colecção. Não tenho nada contra os homens a não ser no que se refere às mulheres. E não me excluo: fui cobarde, idiota, desonesto.
Fui
(espero que não muitas vezes)
rasca. Volta e meia surge-me na cabeça uma frase de Conrad em que ele comenta que tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que chega tarde demais. Resta-me esperar que ainda não seja tarde para mim. A partir de certa altura deixa de se jogar às cartas connosco mesmos e de fazer batota com os outros. O problema não está em ti, está em mim, que extraordinária treta. Como os elogios que vêm logo depois: és inteligente, és sensível, és boa, és generosa, oxalá encontres etc., que mulher não ouviu bugigangas destas? Uma amiga contou-me que o marido iniciou o discurso habitual
- Mereces melhor que eu
levou com a resposta
- Pois mereço. Rua.
Enfim, mais ou menos isto, e estou a ver a cara dele à banda. Nem uma lágrima para amostra. Rua. A mesma lágrima para amostra. Rua. A mesma amiga para uma amiga sua
- O que faço às cartas de amor que me escreveu?
e a amiga sua
- Manda-lhas. Pode ser que lhe façam falta.
Fazem de certeza: é só copiar mudando o nome. Perguntei à minha amiga
- E depois de ele se ir embora?
- Depois chorei um bocado e passou-me. Ontem jantámos juntos. Fumámos um cigarro no automóvel dela, fui para casa e comecei a escrever isto. Palavra de honra que na janela uma árvore a sorrir-me. Podem não acreditar mas uma árvore a sorrir-me.”

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Um daqueles dias.


Hoje é um daqueles dias em que me apetece atirar tudo ao ar. Motivos até os há. Pequenos nadas que se sucedem e que me atormentam apenas porque não dependem de mim. Não me chateio porque não controlo tudo, mas porque quem tem esse "pequeno" poder nas mãos gosta demais de palmadinhas nas costas e eu não estou para isso. Nunca estive. Esse é o meu defeito!
Resta-me o meu primeiro fim de semana completo em meses para pôr as ideias no lugar.
Segunda-feira vai tudo pelos ares! Só basta que esta má nuvem que paira sobre mim se dissipe (nem que seja à força!) e tudo se volte a transformar em energia positiva! Nada que um dos meus livros favoritos não ajude!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

o Síndroma de Quarta

Hoje foi um daqueles dias em que ao nos perguntarem como correu se diz: (depois de se pensar durante uns bons segundos!) foi estranho!
Sim, foi o que eu repondi! Bom, mau, até podia ter respondido "assim assim" (por acaso não é das respostas típicas do meu repertório - sou muito mais pela positiva, mesmo quando pinto tudo de muitas cores para não parecer tudo negro!), mas "foi estranho"????
Os dias que costumam ser mais complicados são, geralmente, as quartas-feiras. Por muito que eu evite pensar no assunto e a semana seja tão alucinante que nem paro para pensar que dia da semana é, lá me esbarro com a quiduxa da quarta-feira. É verdade. Pessoas que até considero sensatas até já me tentaram chamar à razão e já me disseram coisas como "isso é psicológico", "se folgares noutros dias quaisquer nem sequer te lembras". Pois... já tentei de tudo, mas por muitas voltas que dê acabo por ver que fica tudo louco nessa manhãs magníficas do meio da semana habitual de trabalho. Houve até quem já concordasse qualquer coisita comigo (e não foi para me deixar calada). Também já houve quem achasse que penso demasiado nesses pormenores. Talvez, mas sempre com humor! :)
Tempos houve em que já me deixei ir abaixo por uma má quarta-feira. Hoje em dia até acho piada. Neurose dos 30? Quem sabe. Hoje foi só uma segunda-feira que me veio relembrar que dias estranhos existem por toda a semana e que nem sempre o Sol deixa de brilhar apenas à quarta!!

domingo, 27 de julho de 2008

Parece-me...

Parece-me que há alguém que vai ter que me surpreender bastante (pela positiva, claro!), para eu me continuar a deixar ir...

domingo, 20 de julho de 2008

Loucuras

Apetece-me fazer uma loucura... no bom sentido... só preciso que me desafiem...
Ok! Admito. O meu lado racional iria dizer-me: pensa bem, será que é isso mesmo que queres, mas ía acabar por ceder e agir com o coração (se bem que cada vez mais acredito que até a razão está no coração!)
Neste momento sei o que quero, o que preciso, só ainda não descobri onde anda. É daqueles momentos em que gostaria de ter o parvo do dedo que adivinha para saber um pouco do que aí vem, mas nem assim. A propósito disto (da história do dedo que adivinha), já me perguntaram se depois iria ter graça. Não faço ideia, mas a necessidade de saber onde anda o meu chão, o porto de abrigo, o ombro de todos os momentos, tem aumentado. Não procuro a "alma gémea", se bem que há sempre 1% de esperança de que isso aconteça. :)
Aquela descrição que tenho lido acerca do meu signo - "O mundo é um enorme quebra-cabeças inacabado e é capaz de a levar à loucura quando falta uma peça, ou se não há na caixa uma figura que mostre como o quebra-cabeças deve ficar quando estiver montado" - parece-me excessiva, se bem que os momentos de neura andam por aí e revejo-me, nem que seja por 10 segundos. Esta necessidade de me localizar deixa-me à beira de um ataque de nervos comigo mesma!!! Os últimos anos ensinaram-me a ter uma atitude um pouco mais calma, mais soft e menos exigente comigo e a dizer para mim mesma: "menos Brave Jane, menos..." E resulta!!!
Neste momento, a calma paira. A descontração e vontade de estar bem vencem (mesmo com todas as espécies de coincidências que me vão acontecendo). Mas uma coisa é certa... o mundo é pequeno e redondo!

O meu "milagre"! (6 de Abril de 2008)

O meu "milagre"!
Apr 6, 2008 3:59 PM

Há coisas terrivelmente estranhas e apesar disso, fantasticamente belas! Eu a sentir-me uma porcaria num instante, daqueles dias em que apetece desaparecer sem saber bem o porquê, recebo esta sms de um número que não conheço:
"A MAIOR EMPRESA DO MUNDO 'Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não me esqueço de que a minha vida é maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar num autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recondito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não" E ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo as todas, um dia vou construir um castelo...' Fernando Pessoa. "
E ainda dizem que não há coincidências... se calhar há sinais. O que lhe queiram chamar. Um texto que já conhecia... O certo é que me fez chorar de felicidade por estar viva, por estar Sol, por saber que há pessoas que se interessam por saber se estou bem, porque há coisas simples que num certo momento nos dizem muito mais do que poderiam dizer em qualquer outra circunstância. Que o mundo é pequeno e redondo já eu sabia, mas assim tanto... Não acredito em milagres, mas isto relembra-me o motivo de estar aqui: ser feliz.
Positiva, é coisa que não vou deixar de ser! No matter what!
Obrigada pela mensagem! Foi o meu pequeno "milagre", hoje.

Singing in the rain (1 de Outubro de 2007)




Andei no baú e encontrei mais uma coisa da pré-história... ou nem tanto, afinal foi há menos de um ano e eu a pensar que foi na vida passada... A noção de tempo, por vezes, toma a proporção de enorme ou ínfima... depende dos dias... Ai os "trintinha"!

Singing in the rain
Oct 1, 2007 10:52 PM

O dia de Sábado foi tirado para apanhar ar, descansar, passear. Enfim, para fazer a maior parte das coisas que gostaria de fazer durante a semana e nem sempre é possível. Melhor foi a escolha de um local ao ar livre em que habitualmente nos obriga a andar e muito. O plano era fazer umas compras, almoçar uma coisa leve, voltar às compras e acabar a tarde com um chá quente depois de muitas gargalhadas de duas amigas que fazem questão de rir dos próprios acidentes de percurso. O dia estava fresco e a chuva prometia aparecer, vinda de um céu que queria enganar na sua côr de vento. Resultado: o melhor de tudo foi a chuva. Rimos de tudo quanto pudémos e apanhámos todas as gotas que nos pertenciam. Não fizemos questão de nos abrigarmos mesmo quando as outras pessoas fugiam. A roupa de Verão acabou por secar no corpo a caminho de um pseudo encontro de esclarecimento. Quando deveria ser a princesa, não fui mais que a gata borralheira. Mas no fim da história costuma ser ela quem fica com o príncipe encantado, ou não? Nesta história prefiro ser a Fiona do Shrek e não outra qualquer princesa de outro conto de fadas. A única diferença é que ainda não encontrei o meu Shrek! Quem sabe um dia. A propósito de tudo isto, lembrei-me de uma música que é perfeita para dias como o de Sábado. Alguém se lembra disto?



"I'm singin in the rain
Just singing in the rain
What a glorious feelin'
I'm happy again
I'm laughing at clouds
So dark up above
The sun's in my heart
And I'm ready for love
Let the stormy clouds chase
Everyone from the place
Come on with the rain
I've a smile on my face
I walk down the lane
With a happy refrain
Just singin'
Singin' in the rain
Dancin' in the rain
I'm happy again!
I'm singin' and dancin' in the rain!
I'm dancin' and singin' in the rain..."

sábado, 19 de julho de 2008

As minhas Luas (7 de Setembro de 2007)

Hoje não estou nos meus dias. Dizem-me que estou com a lua... Diz-se da Lua ser um satélite da Terra, em volta da qual gira e que a 'ilumina' durante a noite. Quando me falam de eu estar com a Lua, dizem que estou a disparatar, que tenho caprichos quimericos. Caprichos, eu?? Não posso concordar com a última parte, mas os disparates... Digo. Muitos! Porque não consigo estar caladinha quando me passo, quando os sentimentos e as emoções estão à flor da pele. Reflexo de um turbilhão de ares que vão passando na minha vida. A Lua que muda, influencia a minha disposição? Concerteza. Ou talvez não... Não me sinto uma criatura instável, mutável... Talvez me adapte demais, talvez seja muito adaptável às situações e por vezes isso seja sentido, por quem me rodeia, como insanidade, loucura. Quem me conhece bem, esta é mais uma das minhas Luas...
Mas a Lua, a nossa Amiga, tem a outra face, a que não é negra. Nesses momentos, sou disponível para quem merece a minha atenção. Nessas alturas sinto-me a escuteira que nunca fui e que praticou mais uma das suas boas acções. Sem dúvida que sou melhor ouvinte, principalmente se comparar com a minha falta de aptência para desabafar. Lá dizem os velhos sábios: faz o que eu digo, não faças o que eu faço...
Quanto ao que os outros possam dizer sobre as minhas faces da Lua, é com eles.
Eu? Estou bem com as minhas luas, com os meus sóis. Eu sou eu, e não o que parece bem ou o que os outros querem que eu seja. Alguma reclamaçao em relação a minha posição? Falem comigo.
As faces da Lua estarão sempre comigo e estarão bem entregues, digo eu.
Se descobrirem alguma Lua minha perdida, desvendem-na e entreguem-me, por favor.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"A vida é muita para ser insignificante"

"Bom mesmo é ir à luta com determinaçao, abraçar a vida com paixao, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve . . . A vida é muita para ser insignificante."
Charles Chaplin

Memória

"Se te tornares demasiado bom a sobreviver arriscas-te a esquecer por que o fazes"
www.goodnight-irene-film.com

sábado, 12 de julho de 2008

Amizade

Sobre a Amizade deixo um pouco de 'Gostar (acima de tudo)' de um dos meus escritores favoritos, Miguel Esteves Cardoso, no livro Explicações de Português. É um excerto que já tenho passado a alguns Amigos e que marca cada vez que é lido.

"Os amigos nunca são para as ocasiões. São para sempre. A ideia utilitária da amizade, depósito de confiança, sociedade de desabafos, mete nojo. A amizade é puro prazer. Não se pode contaminar com favores e ajudas, leia-se dívidas. Pede-se, dá-se, recebe-se, esquece-se e não se fala mais nisso.

[...] Se alguém 'falta' ou 'não corresponde', se não cumpre as obrigações contratuais, é logo condenado como 'mau' amigo e somariamente proscrito. Está tudo doido.

Os amigos têm de ser inúteis. Isto é, bastarem só por existir e, maravilhosamente, sobrarem-nos na alma só por quem e como são. O porquê, o onde e o quando não interessam. [...]

A amizade é fácil. [...] Ser amigo é só ser.

Ser amigo é ser e deixar ser. Livre. [...]

Os amigos não se perdoam nem julgam. Têm-se ou não se têm. Falam. Gozam. Riem. As diferenças entre eles unem-nos, ocupam-nos, divertem-nos. [...]

Os amigos [...] nunca se zangam. Porque, podendo ser maus e fazer o mal que quiserem, sem que isso mude nada, não são capazes de fazer mal uns aos outros. Se há alguém que acha que isto não é verdade, tem azar. Nem sequer se pode dizer que se traiam, porque não se consegue trair um amigo. Só não sendo amigo.

A amizade é a única anarquia no mundo. Vive-se e mais nada. Diz-se e ouve-se e faz-se tudo. [...]"

Timidez

Superar a timidez? Porquê? Pode ser um caminho. Timidez e fazer parte de alguma coisa... Pega na alegria da tua voz, no doce dos teus olhos e conquista a tua praia, o teu mar, o Sol, a Lua... Que tudo faça sentido para ti... Uma maneira de encontrar gente com graça, descobrir as pequenas coisas simples que nos satisfazem bem mais que as complicadas.
Aproveitar tudo de uma vez é bom! Mas tudo acaba tão mais depressa... Saborear sem lhe perder o fim, descobrir maravilhas novas a cada instante mesmo que o tempo passe. Que o tempo passe saboreado, e não mastigado como mais uma pastilha que deitamos fora.
O momento de paixão fugaz que nos marca como uma tatuagem, um sorriso que nos conforta e acalma. O tempo também passa com estes instantes que queremos/guardamos para sempre... E aí está a 'graça' da vida.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Brave Jane


Há a letra de uma música que de vez em quando me faz voltar a ter os pés na terra. Venha eu do submundo do baixo astral ou esteja numa de andar na Lua pelos filmes que faço. Não é nenhum hit dos tops e tem até, alguns anos (vi agora que tenho o cd desde 1992... isto é já da idade da Pedra ou são os anos que vão passando?!). Hoje é um dia em que o baixo astral esteve em 'alta', mas mais uma vez, há que dar a volta por cima. As pequenas fragilidades que saem cá de dentro de vez em quando que me fazem rebentar de vez em quando desaparecem. Basta lembrar-me que sou apenas uma pequena Brave Jane para que tudo passe.
"Brave Jane, she's nobody's fool
She don't play silly games
She's hot when she's cool
She don't need anybody
To tell her what she should do
And when she'll need any kind of advice
She won't be calling on you
She ain't got nobody
But herself
And she ain't needing anybody else
But when you see her out on the street
She'll turn every head
She doesn't have to complete
Jane's got soul
(She's got soul)
Oh, yes she has
(She's got soul)
Brave Jane, she don't go telling no lies
Oh, she ain't gonna change for no one
She finds her strenght in her pride
She's got no pictures to frame
Of lovers left on the way
She makes no plans for tomorrow no more
She takes it day by day
Her heart is tender, if you only knew
This is brave Jane, brave Jane for you
She's got the kind of touch
That you'd like to feel
And when she loves you
You know it's for real
Jane's got soul
(She's got soul)
Oh, yes she has
(She's got soul)
(She's got soul
She's got soul)
And when she says it, she says it loud
She don't like walking on moving ground
There goes the passion we'll talk about
She comes and goes, she's got it all
Jane's got soul
(She's got soul)
Oh yes she has
(She's got soul)
And when she says it, she says it loud
She don't like walking on moving ground
There goes the passion we'll talk about
Jane's got soul
(She's got soul)"
do cd Time Flies de Vaya con Dios (este texto foi escrito nos tempos idos de Oct 25, 2007)

A primeira vez



Há já algum tempo que andava "vai, não vai" para criar um blog. Um dia não criava porque queria pensar bem no que poderia vir a escrever, noutro pensava que talvez não viesse a calhar e passava a ser obrigação. Hoje, e por causa do calor que está lá fora, resolvi que é o dia - o dia do primeiro post só meu! (que sensação de grande obra!!!)
O que possa vir depois, não sei... por hoje digo que me apeteceu e os tempos de diário em papel já lá vão. Para mim sempre foi mais fácil escrever para exteriorizar o que sinto. Seja eu louca ou sã, não importa. Compromisso: ser eu. Sempre!
Aqui vou dizer o que me passe pela cabeça, as pequenas trivialidades de todos os dias, aqueles pequenos nadas que nos fazem ver, sentir, ser tudo.