segunda-feira, 28 de julho de 2008

o Síndroma de Quarta

Hoje foi um daqueles dias em que ao nos perguntarem como correu se diz: (depois de se pensar durante uns bons segundos!) foi estranho!
Sim, foi o que eu repondi! Bom, mau, até podia ter respondido "assim assim" (por acaso não é das respostas típicas do meu repertório - sou muito mais pela positiva, mesmo quando pinto tudo de muitas cores para não parecer tudo negro!), mas "foi estranho"????
Os dias que costumam ser mais complicados são, geralmente, as quartas-feiras. Por muito que eu evite pensar no assunto e a semana seja tão alucinante que nem paro para pensar que dia da semana é, lá me esbarro com a quiduxa da quarta-feira. É verdade. Pessoas que até considero sensatas até já me tentaram chamar à razão e já me disseram coisas como "isso é psicológico", "se folgares noutros dias quaisquer nem sequer te lembras". Pois... já tentei de tudo, mas por muitas voltas que dê acabo por ver que fica tudo louco nessa manhãs magníficas do meio da semana habitual de trabalho. Houve até quem já concordasse qualquer coisita comigo (e não foi para me deixar calada). Também já houve quem achasse que penso demasiado nesses pormenores. Talvez, mas sempre com humor! :)
Tempos houve em que já me deixei ir abaixo por uma má quarta-feira. Hoje em dia até acho piada. Neurose dos 30? Quem sabe. Hoje foi só uma segunda-feira que me veio relembrar que dias estranhos existem por toda a semana e que nem sempre o Sol deixa de brilhar apenas à quarta!!

domingo, 27 de julho de 2008

Parece-me...

Parece-me que há alguém que vai ter que me surpreender bastante (pela positiva, claro!), para eu me continuar a deixar ir...

domingo, 20 de julho de 2008

Loucuras

Apetece-me fazer uma loucura... no bom sentido... só preciso que me desafiem...
Ok! Admito. O meu lado racional iria dizer-me: pensa bem, será que é isso mesmo que queres, mas ía acabar por ceder e agir com o coração (se bem que cada vez mais acredito que até a razão está no coração!)
Neste momento sei o que quero, o que preciso, só ainda não descobri onde anda. É daqueles momentos em que gostaria de ter o parvo do dedo que adivinha para saber um pouco do que aí vem, mas nem assim. A propósito disto (da história do dedo que adivinha), já me perguntaram se depois iria ter graça. Não faço ideia, mas a necessidade de saber onde anda o meu chão, o porto de abrigo, o ombro de todos os momentos, tem aumentado. Não procuro a "alma gémea", se bem que há sempre 1% de esperança de que isso aconteça. :)
Aquela descrição que tenho lido acerca do meu signo - "O mundo é um enorme quebra-cabeças inacabado e é capaz de a levar à loucura quando falta uma peça, ou se não há na caixa uma figura que mostre como o quebra-cabeças deve ficar quando estiver montado" - parece-me excessiva, se bem que os momentos de neura andam por aí e revejo-me, nem que seja por 10 segundos. Esta necessidade de me localizar deixa-me à beira de um ataque de nervos comigo mesma!!! Os últimos anos ensinaram-me a ter uma atitude um pouco mais calma, mais soft e menos exigente comigo e a dizer para mim mesma: "menos Brave Jane, menos..." E resulta!!!
Neste momento, a calma paira. A descontração e vontade de estar bem vencem (mesmo com todas as espécies de coincidências que me vão acontecendo). Mas uma coisa é certa... o mundo é pequeno e redondo!

O meu "milagre"! (6 de Abril de 2008)

O meu "milagre"!
Apr 6, 2008 3:59 PM

Há coisas terrivelmente estranhas e apesar disso, fantasticamente belas! Eu a sentir-me uma porcaria num instante, daqueles dias em que apetece desaparecer sem saber bem o porquê, recebo esta sms de um número que não conheço:
"A MAIOR EMPRESA DO MUNDO 'Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não me esqueço de que a minha vida é maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar num autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recondito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não" E ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo as todas, um dia vou construir um castelo...' Fernando Pessoa. "
E ainda dizem que não há coincidências... se calhar há sinais. O que lhe queiram chamar. Um texto que já conhecia... O certo é que me fez chorar de felicidade por estar viva, por estar Sol, por saber que há pessoas que se interessam por saber se estou bem, porque há coisas simples que num certo momento nos dizem muito mais do que poderiam dizer em qualquer outra circunstância. Que o mundo é pequeno e redondo já eu sabia, mas assim tanto... Não acredito em milagres, mas isto relembra-me o motivo de estar aqui: ser feliz.
Positiva, é coisa que não vou deixar de ser! No matter what!
Obrigada pela mensagem! Foi o meu pequeno "milagre", hoje.

Singing in the rain (1 de Outubro de 2007)




Andei no baú e encontrei mais uma coisa da pré-história... ou nem tanto, afinal foi há menos de um ano e eu a pensar que foi na vida passada... A noção de tempo, por vezes, toma a proporção de enorme ou ínfima... depende dos dias... Ai os "trintinha"!

Singing in the rain
Oct 1, 2007 10:52 PM

O dia de Sábado foi tirado para apanhar ar, descansar, passear. Enfim, para fazer a maior parte das coisas que gostaria de fazer durante a semana e nem sempre é possível. Melhor foi a escolha de um local ao ar livre em que habitualmente nos obriga a andar e muito. O plano era fazer umas compras, almoçar uma coisa leve, voltar às compras e acabar a tarde com um chá quente depois de muitas gargalhadas de duas amigas que fazem questão de rir dos próprios acidentes de percurso. O dia estava fresco e a chuva prometia aparecer, vinda de um céu que queria enganar na sua côr de vento. Resultado: o melhor de tudo foi a chuva. Rimos de tudo quanto pudémos e apanhámos todas as gotas que nos pertenciam. Não fizemos questão de nos abrigarmos mesmo quando as outras pessoas fugiam. A roupa de Verão acabou por secar no corpo a caminho de um pseudo encontro de esclarecimento. Quando deveria ser a princesa, não fui mais que a gata borralheira. Mas no fim da história costuma ser ela quem fica com o príncipe encantado, ou não? Nesta história prefiro ser a Fiona do Shrek e não outra qualquer princesa de outro conto de fadas. A única diferença é que ainda não encontrei o meu Shrek! Quem sabe um dia. A propósito de tudo isto, lembrei-me de uma música que é perfeita para dias como o de Sábado. Alguém se lembra disto?



"I'm singin in the rain
Just singing in the rain
What a glorious feelin'
I'm happy again
I'm laughing at clouds
So dark up above
The sun's in my heart
And I'm ready for love
Let the stormy clouds chase
Everyone from the place
Come on with the rain
I've a smile on my face
I walk down the lane
With a happy refrain
Just singin'
Singin' in the rain
Dancin' in the rain
I'm happy again!
I'm singin' and dancin' in the rain!
I'm dancin' and singin' in the rain..."

sábado, 19 de julho de 2008

As minhas Luas (7 de Setembro de 2007)

Hoje não estou nos meus dias. Dizem-me que estou com a lua... Diz-se da Lua ser um satélite da Terra, em volta da qual gira e que a 'ilumina' durante a noite. Quando me falam de eu estar com a Lua, dizem que estou a disparatar, que tenho caprichos quimericos. Caprichos, eu?? Não posso concordar com a última parte, mas os disparates... Digo. Muitos! Porque não consigo estar caladinha quando me passo, quando os sentimentos e as emoções estão à flor da pele. Reflexo de um turbilhão de ares que vão passando na minha vida. A Lua que muda, influencia a minha disposição? Concerteza. Ou talvez não... Não me sinto uma criatura instável, mutável... Talvez me adapte demais, talvez seja muito adaptável às situações e por vezes isso seja sentido, por quem me rodeia, como insanidade, loucura. Quem me conhece bem, esta é mais uma das minhas Luas...
Mas a Lua, a nossa Amiga, tem a outra face, a que não é negra. Nesses momentos, sou disponível para quem merece a minha atenção. Nessas alturas sinto-me a escuteira que nunca fui e que praticou mais uma das suas boas acções. Sem dúvida que sou melhor ouvinte, principalmente se comparar com a minha falta de aptência para desabafar. Lá dizem os velhos sábios: faz o que eu digo, não faças o que eu faço...
Quanto ao que os outros possam dizer sobre as minhas faces da Lua, é com eles.
Eu? Estou bem com as minhas luas, com os meus sóis. Eu sou eu, e não o que parece bem ou o que os outros querem que eu seja. Alguma reclamaçao em relação a minha posição? Falem comigo.
As faces da Lua estarão sempre comigo e estarão bem entregues, digo eu.
Se descobrirem alguma Lua minha perdida, desvendem-na e entreguem-me, por favor.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"A vida é muita para ser insignificante"

"Bom mesmo é ir à luta com determinaçao, abraçar a vida com paixao, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve . . . A vida é muita para ser insignificante."
Charles Chaplin

Memória

"Se te tornares demasiado bom a sobreviver arriscas-te a esquecer por que o fazes"
www.goodnight-irene-film.com

sábado, 12 de julho de 2008

Amizade

Sobre a Amizade deixo um pouco de 'Gostar (acima de tudo)' de um dos meus escritores favoritos, Miguel Esteves Cardoso, no livro Explicações de Português. É um excerto que já tenho passado a alguns Amigos e que marca cada vez que é lido.

"Os amigos nunca são para as ocasiões. São para sempre. A ideia utilitária da amizade, depósito de confiança, sociedade de desabafos, mete nojo. A amizade é puro prazer. Não se pode contaminar com favores e ajudas, leia-se dívidas. Pede-se, dá-se, recebe-se, esquece-se e não se fala mais nisso.

[...] Se alguém 'falta' ou 'não corresponde', se não cumpre as obrigações contratuais, é logo condenado como 'mau' amigo e somariamente proscrito. Está tudo doido.

Os amigos têm de ser inúteis. Isto é, bastarem só por existir e, maravilhosamente, sobrarem-nos na alma só por quem e como são. O porquê, o onde e o quando não interessam. [...]

A amizade é fácil. [...] Ser amigo é só ser.

Ser amigo é ser e deixar ser. Livre. [...]

Os amigos não se perdoam nem julgam. Têm-se ou não se têm. Falam. Gozam. Riem. As diferenças entre eles unem-nos, ocupam-nos, divertem-nos. [...]

Os amigos [...] nunca se zangam. Porque, podendo ser maus e fazer o mal que quiserem, sem que isso mude nada, não são capazes de fazer mal uns aos outros. Se há alguém que acha que isto não é verdade, tem azar. Nem sequer se pode dizer que se traiam, porque não se consegue trair um amigo. Só não sendo amigo.

A amizade é a única anarquia no mundo. Vive-se e mais nada. Diz-se e ouve-se e faz-se tudo. [...]"

Timidez

Superar a timidez? Porquê? Pode ser um caminho. Timidez e fazer parte de alguma coisa... Pega na alegria da tua voz, no doce dos teus olhos e conquista a tua praia, o teu mar, o Sol, a Lua... Que tudo faça sentido para ti... Uma maneira de encontrar gente com graça, descobrir as pequenas coisas simples que nos satisfazem bem mais que as complicadas.
Aproveitar tudo de uma vez é bom! Mas tudo acaba tão mais depressa... Saborear sem lhe perder o fim, descobrir maravilhas novas a cada instante mesmo que o tempo passe. Que o tempo passe saboreado, e não mastigado como mais uma pastilha que deitamos fora.
O momento de paixão fugaz que nos marca como uma tatuagem, um sorriso que nos conforta e acalma. O tempo também passa com estes instantes que queremos/guardamos para sempre... E aí está a 'graça' da vida.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Brave Jane


Há a letra de uma música que de vez em quando me faz voltar a ter os pés na terra. Venha eu do submundo do baixo astral ou esteja numa de andar na Lua pelos filmes que faço. Não é nenhum hit dos tops e tem até, alguns anos (vi agora que tenho o cd desde 1992... isto é já da idade da Pedra ou são os anos que vão passando?!). Hoje é um dia em que o baixo astral esteve em 'alta', mas mais uma vez, há que dar a volta por cima. As pequenas fragilidades que saem cá de dentro de vez em quando que me fazem rebentar de vez em quando desaparecem. Basta lembrar-me que sou apenas uma pequena Brave Jane para que tudo passe.
"Brave Jane, she's nobody's fool
She don't play silly games
She's hot when she's cool
She don't need anybody
To tell her what she should do
And when she'll need any kind of advice
She won't be calling on you
She ain't got nobody
But herself
And she ain't needing anybody else
But when you see her out on the street
She'll turn every head
She doesn't have to complete
Jane's got soul
(She's got soul)
Oh, yes she has
(She's got soul)
Brave Jane, she don't go telling no lies
Oh, she ain't gonna change for no one
She finds her strenght in her pride
She's got no pictures to frame
Of lovers left on the way
She makes no plans for tomorrow no more
She takes it day by day
Her heart is tender, if you only knew
This is brave Jane, brave Jane for you
She's got the kind of touch
That you'd like to feel
And when she loves you
You know it's for real
Jane's got soul
(She's got soul)
Oh, yes she has
(She's got soul)
(She's got soul
She's got soul)
And when she says it, she says it loud
She don't like walking on moving ground
There goes the passion we'll talk about
She comes and goes, she's got it all
Jane's got soul
(She's got soul)
Oh yes she has
(She's got soul)
And when she says it, she says it loud
She don't like walking on moving ground
There goes the passion we'll talk about
Jane's got soul
(She's got soul)"
do cd Time Flies de Vaya con Dios (este texto foi escrito nos tempos idos de Oct 25, 2007)

A primeira vez



Há já algum tempo que andava "vai, não vai" para criar um blog. Um dia não criava porque queria pensar bem no que poderia vir a escrever, noutro pensava que talvez não viesse a calhar e passava a ser obrigação. Hoje, e por causa do calor que está lá fora, resolvi que é o dia - o dia do primeiro post só meu! (que sensação de grande obra!!!)
O que possa vir depois, não sei... por hoje digo que me apeteceu e os tempos de diário em papel já lá vão. Para mim sempre foi mais fácil escrever para exteriorizar o que sinto. Seja eu louca ou sã, não importa. Compromisso: ser eu. Sempre!
Aqui vou dizer o que me passe pela cabeça, as pequenas trivialidades de todos os dias, aqueles pequenos nadas que nos fazem ver, sentir, ser tudo.